O último nome a assumir o cargo foi Bárbara Jesuína Mendes Gomes, em 26 de junho. Antes dela, já haviam passado pela presidência Iramara Galvão Sales, Sharles Fernando Bezerra Lima e Ana Cláudia Pereira da Cunha, totalizando quatro dirigentes no comando apenas em 2025.
Para o presidente do Sisepe, Elizeu Oliveira, essa instabilidade reflete irregularidades estruturais: “Parece que ninguém quer ficar lá”, afirmou, sugerindo que, por trás da dança de nomes, pode haver falhas graves. Ele destacou episódios anteriores de pagamentos duplicados e descontos equivocados, que já exigiram correções — além de auditorias cujo resultado ainda não foi divulgado.
Voz dos conselheiros do Igeprev
Representantes do sindicato no conselho do instituto, Natal Castro e Uverlandes Milhomem, reforçam o sentimento de insegurança. “A gestão do instituto precisa ser técnica e confiável”, pontuou Natal, que alertou para a necessidade urgente de um planejamento transparente e estável.
Medidas sindicais e institucionais
Em resposta, o Sisepe e outras entidades sindicais prepararam representações ao Ministério da Previdência e ao Ministério Público Federal, solicitando apuração dos feitos administrativos do Igeprev — incluindo auditoria financeira sobre repasses, investimentos e arrecadações.
Elizeu Oliveira também sugeriu que o governo estadual convide os sindicatos para indicar o próximo presidente da autarquia, defendendo que o nome seja técnico, de carreira pública, e capaz de retomar a governança institucional, esse “futuro que está em jogo”, nas palavras do sindicalista.
O que vem adiante
O Sisepe convocou uma reunião com demais sindicatos já para o dia 27 de maio, com pauta voltada à crise do Igeprev — instabilidade, exonerações e auditoria — e exige que o governo abra canais de diálogo para indicar um substituto alinhado com os interesses dos servidores.