O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a retirada do inquérito da Operação Máximus do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e passou a conduzir a investigação na Corte Suprema. A decisão baseia-se na possibilidade de o caso envolver autoridades detentoras de foro por prerrogativa de função ― inclusive magistrados do próprio STJ ― circunstância que exige a competência do STF.
Até então o processo era relatado pelo ministro João Otávio Noronha no STJ. Além da Máximus, o tribunal analisava a Operação Fames-19, ambas focadas no suposto vazamento de informações sigilosas a investigados.
Parte dos indícios decorre da Operação Sisamnes, que captou conversa entre o advogado Thiago Barbosa e o desembargador afastado Helvécio de Brito Maia. Na gravação, Barbosa afirma ter repassado dados sigilosos da Fames-19 ao tio e antecipa a deflagração da Máximus, realizada dois meses depois.
A decisão de Zanin cita ainda menção recente ao prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos (Podemos), apontado como beneficiário de informações privilegiadas — acusação que ele nega.