Em votação de primeiro turno, foi aprovado por unanimidade, nesta quinta-feira, 10, o prosseguimento autorizando a instalação do processo de impeachment contra o governador afastado do Tocantins, Mauro Carlesse (PSL).
A sessão que começou por volta das 16h, precisava de dois terços de seus membros para aprovação do processo. O plenário da Assembleia obteve votação unânime em seu 1° turno para a criação de um tribunal misto para o julgamento do governador. O segundo turno da votação acontece nesta sexta-feira, 11.
O advogado de defesa, Juvenal Klayber, defendeu o governador alegando a inexistência de provas dos crimes e foi rebatido pelo deputado Júnior Geo durante a tribuna.
Até 15 parlamentares poderiam fazer o uso da palavra, porém apenas os deputados Elenil da Penha (MDB) e Gutierres Torquato (PSB) se manifestarem.
O texto ainda teve três artigos removidos por tratarem de questões burocráticas – como citação das partes e prazos – já estando previsto no rito da Assembleia.
O que acontece agora?
A decisão final virá do tribunal misto, constituído por cinco desembargadores e cinco deputados estaduais que decidirá sobre a admissibilidade do pedido.
Aceitando, Mauro Carlesse poderá ser afastado por até 180 dias.
Veja os votos de cada deputado:
Amália Santana (PT) - Sim
Amélio Cayres (SD) - Sim
Antônio Andrade (PSL) - Sim
Claudia Lelis (PV) - Sim
Cleiton Cardoso (PTC) - Sim
Eduardo Siqueira Campos (DEM) - Sim
Eduardo do Dertins (Cidadania) - Sim
Elenil da Penha (MDB) - Sim
Fabion Gomes (PL) - Sim
Gutierres Torquato (PSB) - Sim
Issam Saado (PV) - Sim
Ivory de Lira (PCdoB) - Sim
Jair Farias (MDB) - Sim
Jorge Frederico (MDB) - Sim
Léo Barbosa (SD) - Sim
Luana Ribeiro (PSDB) - Sim
Nilton Franco (MDB) - Sim
Olyntho Neto (PSDB) - Sim
Prof. Júnior Geo (PROS) - Sim
Valdemar Júnior (MDB) - Sim
Valderez Castelo Branco (PP) - Sim
Vanda Monteiro (PSL) - Sim
Vilmar de Oliveira (SD) - Sim
Zé Roberto Lula (PT) - Sim
Entenda o processo
O impeachment avançou para o plenário após a aprovação do parecer do deputado Júnior Geo (PROS) na sessão do último dia 3. O documento apontou indícios de pelo menos três crimes de responsabilidade por parte do governador.
Os crimes são relacionados a um suposto esquema de recebimento de propinas no Plansaúde, a interferência política em investigações da Polícia Civil e a irregularidades nas eleições municipais de 2020. A acusação de aparelhamento da Polícia Civil, incluindo trechos sobre um suposto flagrante forjado por tráfico de drogas, ficou de fora do parecer.